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Aspectos Econômicos
GRI 102-45, 201-1
Desempenho 2021
Em 2021, a receita com contraprestações pecuniárias da Unimed Ponta Grossa totalizou R$ 302,5 milhões, o que representa um crescimento de 11,96% em relação a 2020.

Esta receita adveio de novas vendas de planos de saúde, dos reajustes aplicados nos contratos já existentes e das contraprestações cedidas por força da RN-430. Os reajustes de planos de saúde foram, em média:

> Planos individuais familiares: -3,03%
> Planos coletivos – Pool de riscos (contatos até 29 vidas): 5,89%
> Planos coletivos de livre negociação (contratos com 30 vidas ou mais): 9,09%

Ainda que em 2021 o reajuste determinado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aos planos de pessoa física tenha sido negativo em 8,19%, o acumulado do ano fechou negativamente em apenas -3.03%, devido à correção positiva dos primeiros quatro meses do ano, à alta do IGPM, que reajusta os contratos não regulamentados, e pelo ingresso de novos contratos de pessoa física.

Vale destacar que a sinistralidade acumulada dos contratos empresariais ficou abaixo da meta de 75%, mas mesmo assim, conseguimos fazer correções financeiras e reajustes, proporcionando um aumento significativo nas receitas desta modalidade de contratação.

O crescimento acumulado da receita com contraprestações pecuniárias foi de 46,50%, no período de 2019 a 2021, em relação a 2018.
Com os todos os mercados ainda sentido os efeitos das restrições para conter o avanço da pandemia, 2011 seguiu desafiador assim como 2020. Porém, mesmo com esse cenário, pudemos observar que a inadimplência dos contratantes, tanto de pessoas físicas quanto jurídicas, teve redução de 2,74% na média anual, com queda perceptível na ponderação dos dados na média móvel trimestral. Muito disso se deve à recuperação paulatina da economia, ainda que tímida, com a recuperação de renda das famílias aliada à percepção da necessidade de se manter um plano de saúde, haja vista os impactos individuais da pandemia.
Tendências econômicas
O ano de 2021 começou com expectativas relativamente otimistas. Após um ano de grande impacto da pandemia do Covid-19, com uma queda no PIB de 3,88% (2020), o mercado esperava que o PIB voltasse a apresentar crescimento, dada a retomada das atividades econômicas com a diminuição das restrições impostas pela pandemia. O crescimento do PIB se confirmou com fechamento no ano de 2021 de 4,62% em relação ao ano anterior.

Mesmo com o PIB voltando a crescer, outros fatores se tornaram foco de atenção e preocupação para a economia, sendo o principal deles a inflação. Essa voltou a ficar na casa dos dois dígitos e acabou por levar a sucessivos aumentos na taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central, o que acabou gerando uma redução da atividade econômica.

Mesmo com o aumento da inflação e das taxas de juros, esperava-se observar uma melhora no nível de emprego no país, o que beneficiaria o setor de saúde suplementar, visto que a maior parte dos beneficiários do setor são da modalidade coletivo empresarial. Isso se confirmou, com um aumento no número de empregos de quase 7%, como mostram os dados do CAGED abaixo. Os únicos meses que apresentaram resultado um pouco abaixo foram março e abril, muito por conta da segunda onda da Covid-19 que acabou impondo a volta de algumas restrições e consequentemente uma desaceleração da atividade econômica.
O setor da saúde suplementar, cresceu 2,86% em número de beneficiários, seguindo a linha do crescimento proporcionado pela retomada das atividades:
Paraná
A economia do Paraná apresentou recuperação em 2021 ainda maior que o resto do Brasil, como pode-se observar pelos indicadores de atividade econômica abaixo. De janeiro até maio o estado do Paraná manteve o Índice de atividade econômica estável, em junho sofreu queda, porém, com a recuperação gradual nos meses seguintes, fechou um IBC maior que o do início do período analisado. Já no Brasil observamos somente um salto em fevereiro, que logo no mês seguinte sofreu uma leve queda, com o restante do ano apresentando pequenas variações e um fechamento levemente acima do início do período.
O Paraná, assim como o Brasil, apresentou um bom resultado na geração de empregos. Conforme apontam os dados do CAGED, ilustrados abaixo, o número de empregos formais no estado cresceu 6,29% (enquanto os do país cresceram 6,94%).
O setor de saúde suplementar no estado, apresentou um bom crescimento no número de beneficiários durante o ano, de 2,87%, conforme gráfico abaixo:
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Área de ação
Olhando para os empregos na área de ação da Unimed Ponta Grossa, podemos notar um crescimento no número de empregos de 6.324, com destaque para os municípios de maior volume gerado, como Jaguariaíva (+1.052), Castro (966) e Telêmaco Borba (+888).
Na mesma direção, o mercado de planos de saúde na área de ação da Unimed Ponta Grossa adicionou pouco mais de 5,5 mil vidas, expandindo-se em 3,45%, conforme dados da ANS:
E o que esperar da economia em 2022?
De acordo com o relatório FOCUS de 11 de março de 2022, que mede as expectativas do mercado para as principais variáveis macroeconômicas, a economia brasileira deve crescer nesse ano 0,49% em relação ao ano anterior. Um crescimento baixo, muito por conta da inflação, que permanece na casa dos dois dígitos e da taxa de juros, que deve continuar sofrendo aumentos durante o ano, mesmo que em menor magnitude que o dos últimos.
Em relação a vagas de empregos, é esperado um aumento de vagas, dado a retomada ainda mais acentuada do setor de comércio e serviços, porém a taxa de desemprego não deve sofrer grandes alterações.
Seguem abaixo o Relatório do Conselho de Administração, as demonstrações financeiras e os pareceres acerca das informações compreendidas nas demonstrações do exercício de 2021. As peças contábeis estão em conformidade com a RN-435/2018.