Notícias |

NOTÍCIAS
09/07/2021
HGU implanta Robô Laura Inteligência Clínica para auxiliar no diagnóstico e acompanhamento de pacientes
Inteligência artificial vai ajudar na detecção antecipada de riscos e da piora clínica dos internados.
O Hospital Geral Unimed iniciou a implantação do Robô Laura, inteligência artificial que auxilia no gerenciamento de riscos e, consequentemente, na agilidade da priorização dos pacientes internados na instituição.

De acordo com a gerente assistencial do hospital, Luciane Zanetti, a tecnologia vai contribuir na identificação rápida dos pacientes com disfunção de sintomas e sinais vitais.

“O Laura permeará de forma sistêmica no hospital, desde da porta de entrada do Pronto Atendimento, as unidades de internação, UTIs e até na sala de recuperação do centro cirúrgico”, explica.

Para o gerente de Tecnologia de Informação da cooperativa, Marcelo Silva, o Laura parte integrante da equipe assistencial. “Ele poderá nos ajudar a evitar casos sepse, diminuir a mortalidade e racionalizar o uso de medicamentos”.

A inteligência artificial utiliza algoritmos preditivos, uma função matemática que é aplicada em uma grande quantidade de dados e, a partir de aprendizado de máquina (machine learning), é capaz de identificar padrões e mostrar tendências futuras. É como se, de forma matemática, estatística e com probabilidade, previsse o que irá acontecer.

“Esperamos que o Laura nos ajude com os algoritmos preditivos a detectarmos possíveis casos de sepse. Quanto antes detectarmos que um paciente está trilhando um possível caminho de sepse, mais rápido a assistência poderá atuar e evitar que o caso se concretize”, explica Marcelo.

O Laura se conecta ao prontuário do paciente e, por meio da análise de sinais vitais e dos resultados de exames laboratoriais, identifica alterações clínicas ou anormalidades e gera alertas para a equipe, que são enviados em menos de cinco segundos. As informações são apresentadas de forma visual em uma TV para os profissionais de saúde, e dão base para que eles priorizem os casos mais graves a fim de diminuir desfechos de agravamento. “E assim, podemos reduzir tempo de permanência no hospital, mortalidade, melhora na performance das equipes e otimizar processos”, pontua Luciane.

Segundo Cristian Rocha, CEO e cofundador da Laura, o volume e a fragmentação das informações que circulam nas instituições hospitalares podem dificultar o suporte às decisões clínicas.  “Os profissionais de saúde vivem em um cenário desafiador, que é cuidar dos pacientes. Quando há tantas decisões a serem tomadas, o que deve ser mais prioritário dentre todos os processos e tarefas que eles precisam executar? Onde ele deve focar e como deve organizar as ações? Na saúde, principalmente dentro dos hospitais, horas podem salvar vidas. Então é importante que eles tenham as melhores ferramentas à disposição para auxiliar nessa gestão do cuidado ao paciente”.

Criada em 2010, inicialmente para contribuir com o diagnóstico antecipado de sepse – infecções generalizadas -, a Laura está ativa desde 2016 e, até 2021, já analisou aproximadamente 11 milhões de atendimentos, contribuído para a redução de cerca de 25% da mortalidade nos hospitais que dispõem da tecnologia, impactando em uma médica de 18 vidas diariamente.

“A segurança do paciente é um de nossos valores e a qualidade em saúde nossa missão. Utilizar de tecnologias que auxiliem as equipes assistenciais, traz melhores resultados. Com isso, conseguimos promover um atendimento seguro e de melhor qualidade no nosso hospital”, finaliza Luciane.


LIZIANA ANDRESSA DE FREITAS
Fonte: HGU